O século XVII é considerado o século do barroco, devido às alterações do quadro político, social, econômico e religioso. No ano de 1580, dois fatores significativos marcaram a vida cultural e política de Portugal: A marte de Camões e a passagem do país para o domínio Espanhol, em razão de o trono ter sido herdade por Felipe II, da Espanha , depois do desaparecimento do rei português D. Sebastião, em 1578 na batalha de Alcácer-Quibir, na África.
Durante o domínio espanhol (1580-1640), a literatura e as artes portuguesas foram influenciadas pelas manifestações culturais da Espanha, que conhece nesse período o “século do ouro”. Cervantes, Gôngora, Quevedo, Lope de Veja e Calderón de La Barca são alguns dos importantes escritores espanhóis desse período. Porém em Portugal o barroco não teve a mesma intensidade que na Espanha, pois os escritores portugueses como forma de resistência ao domínio espanhol, procuraram preservar a língua e cultura lusitanas. Passaram a ter uma atitude saudosista com relação aos seus escritores heróis do passado como Vasco da Gama, D. Sebastião e Camões.
A mesmo tempo o barroco português ganhou fortes matizes religiosos, por influencia da Contrarreforma , que teve ampla penetração nos países Ibéricos. A atuação da companhia de Jesus e do tribunal da Inquisição, instaurado em Portugal em meados do século XVI, completam o quadro cultural lusitano desse período, marcado pela religiosidade e pela austeridade.
Portugal viveu cerca de 60 anos em declínio comercial e naval, após ser unido a Espanha. Nesse período Portugal chega a perder para a Holanda muitas de suas colônias orientais e até parte do território brasileiro.
Com isso surge o mito português conhecido como sebastianismo, no qual o povo acreditava que seu rei D. Sebastião desaparecido em batalha, voltaria para redimir seu povo . Esse mito sobreviveria por muitos anos, devido ao desejo do povo por um redentor.
A restauração da coroa portuguesa se inicia por volta de 1640, com o conflito militar que levou ao trono o primeiro rei da dinastia de Bragança: D. João IV.
Durante o reinado de D. João IV Portugal vive com a descoberta de ouro em Minas Gerais, um novo período de riqueza e esbanja luxo e suntuosidade religiosa na corte e nas construções de palácios e templos monumentais. Espanha e Portugal tornam-se no final do século XVI até meados do século XVIII, os baluartes da contrarreforma o que explica a longa vigência do estilo barroco nestes dois países.
O barroco português nunca atingiu o mesmo brilho que o barroco espanhol mesmo sendo influenciado diretamente por ele. Predominam no barroco português nos textos em prosa, os escritos morais, doutrinais e religiosos, destacando-se os sermões; em poesia, as produções das academias.
A produção literária desse período pode ser organizada da seguinte forma:
- Sermões, cartas, prosa religiosa e moralística: Com pe. Antonio Vieira, Pe. Manuel Bernardes, Francisco Manuel de Melo, Sóror Mariana Alcoforado;
- Poesia, novela: Com Francisco Manuel de Melo;
- Teatro: Antônio José da Silva e Francisco Manuel de Melo.
Gostei Muito !! Ajudou bastante Continue assim..
ResponderExcluirVictória:
ResponderExcluirAchei muito bom o seu blog, porém acho que deveria acrescentar mais sobre os típicos linguísticos do Barroco em Portugal. Ao citar a essência do barroco em Portugal, nos ajuda a ter mais conhecimento e enriquecimento ao assunto,como citou obras do Padre Antônio de Vieira (um dos principais autores do barroco): o "sermão da sexagésima", "sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda" (foi um período de invasão da Holanda), "sermão de Santo Antônio (aos peixes)" (pela sobre a escravização dos índios), "sermão do mandato" (refere-se ao tema do amor místico), são os principais sermões do Padre Antônio de Vieira. Sermão é um discurso religioso, pronunciado perante um púlpito, como discurso moralizador, convencendo alguém de algo. Os sermões do Padre Antônio de Vieira foi um marco para a literatura barroca, que vem sendo estudada até os dias atuais, como grande importância para o nosso conhecimento.
Milena e Amanda:
ResponderExcluirMuito legal e bacana o seu blog. Mas é importante lembrar do Padre Antônio Vieira e de Gregório de Matos. Um dos principais escritores do barroco. Gregório que ficou conhecido como boca do inferno, inspirou o livro "Boca do Inferno" da autora Ana Miranda. Nesse livro os personagens principais são o Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos. Na história eles se envolvem com uma luta contra o governo ditatorial do Braço de Prata, também conhecido como Antônio de Souza de Menezes. O Vieira, no episódio estava sofrendo perseguições políticas, pois era um dos suspeitos de ter participado do assassinato do assassinato do Alcaide-mor da cidade de Salvador.
(Fonte: Livro: "Português Linguagens" da editora "Atual Editora" do 1° do Ensino Médio. Escrito por William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães.)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÁlvaro e Luiz Henrique Paixão:
ResponderExcluirMuito bom bom! Gostei muito, porém Pe.Antonio Vieira é o principal expressão do Barroco de Portugal. Era conselheiro de D.João, rei de Portugal e o qual cuidava das políticas e economias de outros países.Já o Pe.Manuel Bernades faz parte da prosa religiosa que escreveu várias obras e também não podemos esquecer da Maria Alcoforado da Maria Alcoforado foi autora das 5 cartas portuquesas, foi uma freira portuguesa do convento da nossa senhora da conceição, que se apaixonou pelo cavaleiro francês Noel bounton Marquês de chamily.Entre os dois surgiu um amor impossível que as cartas são belíssimo testemunho.As cartas de amor são escrituras em que há presença das ideológicas tanto de um Mariana freira como, e principalmente de uma Mariana mulher.
As obras freiratica é carregada de sentimentos o qual é mostrado de forma engrandecido por meio de hipérboles.
As cartas consistem 5 cartas curtas cartas de amor incondicional e exagerado da jovem Mariana, que diz sofrer horrores com a distância do amado. Foi revistado, em 1972 por 3 escritoras portuguesas, sob o título de novas cartas portuquesas, levou as suas 3 autoras as denominada 3 Maria: Maria velho da costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel barrena.